28 novembro 2006

O regresso da pressão corporativa. Dá que pensar

Renato Marques. Quem tem seguido NV, naturalmente que há muito já se apercebeu de que aquilo que se atribui aos corredores, aos corredores pertencem - vamos registando esse estado de espírito que tanto paira como deixa de pairar. Vem isto a propósito de Renato Marques, Director-geral de Administração e do que demos conta até metade do corredor. Só que, indo até ao final da passadeira, não é que mesmo junto daquela janela das confidências estava alguém, cotadissimo na craveira e de insuspeita verticalidade, a dizer das boas contra a vidraça? E que dizia? Isto:

- É claro que há muita gente nas Necessidades que está morta por se ver livre do Renato Marques. Nada que espante: é apenas o regresso da pressão corporativa para recuperar o lugar para um qualquer Ministro Plenipotenciário de indizível classe, saído de um "cu de Judas" qualquer e que ninguém sabe onde há-de colocar, do qual, aliás, dentro de meses, todos passarão a dizer cobras e lagartos, na velha escola de "saco de víboras" que faz parte da cultura ancestral do MNE.

Depois deste solilóquio, NV simularam, como sinal discreto de presença, aquela tosse falsa que o cachimbo outorga, mas o diplomata sem a mínima perturbação voz, continuou agora olhando de frente:

- Renato Marques foi um excelente Director-Geral da Administração, dos melhores que passou pelo 4º andar, mas a "carreira" rejeita estranhos, principalmente "das Finanças" e prefere a sua mediocridade caseira... É por essas e por outras que a carreira diplomática tem hoje o prestígio que tem, isto é, muito pouco. Tem apenas o que merece.

E é o que iremos verificar.

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