29 novembro 2006

Papa/Turquia. Pois que novidade?

Diplomacia papal. Temos vindo a insistir na diplomacia papal como um caso que apenas não é curioso porque é histórico - o Vaticano não dá ponto sem nó, e os tempos estão de feição para navegar à bolina, apesar da Santa Sé não ter marinha. Na Turquia, foi o inesperado ou uma reviravolta para uns, mas que a outros não surpreendeu. Como sempre, o Vaticano não se pronunciou sobre o essencial - e o essencial é Chipre. Pronunciou-se sobre o acessório, mas acaba por influenciar no essencial, levando uns tantos a julgarem que Bento XVI rectificou... Não rectificou nada, deu um ponto com aquela história do Maomé e deu um nó com esta defesa da entradad da Turquia para a UE. É a arte daquela diplomacia. Embaraçada terá ficado parte da Comissão José Manuel Barroso, mas tem meios para dissimular o embaraço.
A fábula mostra que é mais fácil o Papa ganhar a simpatia de toda a Turquia do que rectificar o espírito dos jovens turcos que abundam em Portugal, tantos que até exportamos.

Sem comentários: