Qual foi o seu papel nas chamadas “revoluções da cor” nos países europeus de Leste?
Eu não sou um revolucionário! Só o Puttin é que me acusa de o ser. Apenas ajudo governos desejosos de abrirem os seus países à democracia. Veja o caso da Geórgia, depois da “revolução rosa”: as minhas fundações contribuiram para o pagamento dos salários dos polícias. Os resultados foram imediatos: a corrupção qase desapareceu nessa corporação.
Como foi na Ucrânia?
Os ideais da “revolução laranja” passaram para segundo plano graças ao insucesso dos novos governantes. Mas algo de muito precioso restou: a liberdade de imprensa e um novo espírito de responsabilidade civil. Tal como na Hungria a seguir à insurreição de 1956. Trinta anos depois, a democracia instalou-se ali.
Há um desvio autoritário na Rússia?
Sim. O Ocidente está a pagar a conta do seu excesso de desenvoltura perante a derrocada da União Soviética. Nessa altura propus o equivalente ao Plano Marshall para ajudar a consolidar a democracia. Riram-se de mim. Os resultados estão
à vista. Tendo nas mãos a arma energética, a Rússia encontrou um instrumento de dominação em relação aos vizinhos. E a Europa baixa os braços. Comos nos anos 30 fez em relação à Alemanha.
Diplomacia portuguesa. Questões da política externa. Razões de estado. Motivos de relações internacionais.
02 dezembro 2006
Argumentário. Três perguntas de Le Point. Ao arquimilionário George Soros
Respostas de George Soros, o arquimilionário autor do livro "A Grande desordem Mundial", a três perguntas de Marc Nexon/Le Point :
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