[Briefing] «Se fosses grande, não precisarias de andas», era assim que o Duque de Lévis respondia aos vaidosos da política ou à política da vaidade.
1 – Três Necessidades grandes
2 – Freitas
3 – Convenção ONU contra a Corrupção
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(O ministro Luís Amado afirmou querer que tudo o que tenha a ver com política externa, em todas as vertentes, seja efectivamente coordenado pelas Necessidades. Como é isso possível com três ministérios?) – Não é possível. Mas pelo que sabemos o ministro recusa andas. Lamentavelmente, nas Necessidades há gente pequena que não segue o exemplo do ministro. E se parece alta, reparem bem, usam andas.
(Mas isto é um briefing ou uma sessão de comentários? Seja concreto!) – Respondemos às perguntas que nos são dirigidas. Quanto a sermos concretos, aguardamos pela pergunta...
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(E esses postos não são encerrados?) – Jamais! Se fossem encerrados seria a falência da indústria nacional de andas!
(Bonito!) – Bonito. E mudemos de assunto.
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(Pode adiantar quais as questões em que se vai centrar) – Podemos, com certeza, não é nenhum segredo. O briefing vai centrar-se nas discorrências do ex-ministro sobre actuações de diplomatas portugueses em Luanda e em São Tomé, divagações que publicita sobre os bispos de Timor, a justificação de medidas internas que determinou para o MNE, e sobre mais uns três ou quatro pontos menores, um dos quais uma polida cunha. Bem, meus senhores, minhas senhoras, terminou este briefing, chamamos a vossa atenção para novo briefing, amanhã, sábado à tarde, sobre o que, no plano das relações internacionais, está a desenvolver-se na América Latina, designadamente no Brasil e que muito, muito pode ter a ver com uma hipótese salvadora da presidência portuguesa da União Europeia, presidência essa que não pode ser um exercício de andas.
3 - (Desculpe, só uma breve questão!) – Tem que ser mesmo breve. Muito breve.
(Obrigado. Pode comentar o facto de terem sido deputados a apresentarem um projecto de resolução para a aprovação da ratificação da Convenção das Nações Unidas contra a Corrupção?) – Portugal signatário da Convenção quase da primeira hora e, na verdade, é lamentável que o MNE e o Governo não tenham tomado a iniciativa do procedimento para a ratificação. O tempo adequado para essa iniciativa das Necessidades foi o dos quinze meses de Freitas do Amaral no Ministério mas como ele não escreveu sobre o que deveria ter feito e não fez, aguardemos pelo volume de Luís Amado, supostamente a ser intitulado «Trinta e Dois Meses no Ministério sem Negócios no Estrangeiro». Boa Noite a todos, até amanhã.
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