Pois, no documento «técnico» olhou-se para a coluna das 61 secções consulares (mais 7 em instalação), dos 60 postos consulares de carreira e dos 231 consulados honários, exactamente com os critérios que se seguem.
À cabeça, «os seguintes elementos»:
a) O número de portugueses residentes
b) O número de portugueses inscritos
c) O número de actos consulares praticados por ano
d) O número de funcionários existentes em cada estrutura consular
e) O número de associações portuguesas existentes
f) O número de professores de português e de alunos inscritos
Depois, «outros factores»:
a) As características da comunidade portuguesa residente em cada país
b) As questões sócio-políticas inerentes à autonomia de regiões e estados em determinados países
c) As distâncias entre as várias estruturas consulares actualmente existentes
d) A rede rodoviária e ferroviária de ligação entre as cidades onde ficam sedeadas aquelas estruturas consulares e respectiva facilidade na mobilidade
e) As características geográficas do país
f) Os horários de funcionamento e atendimento ao público praticados em cada estrutura consular
Ainda segundo o documento, sucintamente:
- «Foi tido em conta o apoio que as associações portuguesas prestam» e «aquele (apoio) que poderão, a muito curto prazo, vir a prestar (…) através de quiosques multimédia que permitirão o acesso ao futuro Consulado Virtual, onde será possível praticar os actos e ter acesso a serviços apenas disponíveis nas estruturas consulares»
- «Foi ainda ponderada a pertinência de harmonizar o modelo organizacional da representação consular portuguesa»
Mas, porque a verdade vem sempre no fim...
- «... foi permanente preocupação encontrar soluções de reestruturação da rede consular que (...) permitissem uma real economia de recursos humanos, financeiros e patrimoniais», pelo que a proposta «permite uma poupança de encargos anuais estimada em 3.645.424 euros».
Concluiria Esopo que a fábula «O Cirurgião e a Coluna» mostra que se poderia poupar o mesmo ou mais mas sem se perder tanto nuns casos e tão mal noutros, caso se olhasse para a coluna, ou, fábula à parte, para o que está em causa.
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