02 fevereiro 2007

Aí estão os 14 sites portugueses... ... por entre as 86 missões no estrangeiro

Com o ponteiro sobre o link, após dois segundos surge o nome do chefe de missão.

Visitem, comparem. Já estão colocados em NV (na barra de links, ao lado) os 14 sites activos (2 das multilaterais e 12 das bilaterais) com os quais o País dá a cara, e bom que dê, em outras tantas capitais ou organizações internacionais. Esse número, como já se sublinhou, é modesto, pobre e escasso, deixando atónito quem é submergido pela propaganda do comboio tecnológico que anda pela província como outrora o andor da senhora de Fátima andava - ou seja, sem produzir à vista desarmada um único milagre que transforme o descrente em crente.

Na área das missões bilaterais, Portugal mantém embaixadores extraordinários e plenipotenciários, ou chefes de missões temporárias, residentes em 77 capitais, os quais por sua, vez estão acreditados em mais 107 onde não residem - 184 Estados ao todo. Apenas 12 embaixadores tiveram acuidade, campo visual e visão em profundidade para o novo mundo comunicacional que aí está, mesmo que o Procurador Geral da República pense o contrário com um desdém que apenas insufla o analfabetismo digital, pondo em crise aquela pedagogia que dele se esperava - nós esperávamos. Não é um crime, mas é o prosseguimento, por certo involuntário, do pior que o Regime Autoritário praticou e deixou por herança no Portugal Profundo - o impedimento dos factores de multiplicação de ciência, de cultura, de informação e, já agora, da acção diplomática.

Mas, bem feitos ou mal feitos, cheios de recursos ou com modéstia de meios, actualizados ou desleixados no tempo, são 14 os sites diplomáticos e eles aí estão em NV.

Quanto à área multilateral, a pobreza é idêntica. Portugal transparece nesse decisivo domínio, atrvés de dois isolados sites - um, da Representação Permanente junto da ONU (Nova Iorque), e outro, da Representação Permanente junto da UE. O da representação chefiada pelo Embaixador João Salgueiro registou desde 15 de Março de 2000 até ao minuto destas linhas, 88.815 visitantes. O da representação chefiada pelo Embaixador Álvaro Mendonça e Moura, não dá conta disso mas admite-se que o número seja maior, como grande é o dos que recorrem a sites de outras representações (sobretudo a espanhola) para recolha de informação – NV dispõem de testemunhos directos sobre as motivações desses desvios. Mas, enfim, temos dois sites!

Portugal, nesta maéria, não tem que seguir os outros, fazendo se fazem, não fazendo se não fazem, sem se importar ou, se calhar, até gostando de estar abaixo da pinífera média europeia. É difícil compreender como na OCDE, na UNESCO, na OSCE, em Genebra (então Genebra!) e mesmo em Estraburgo (Conselho Europeu, direitos humanos…) as nossas missões ou delegações não disponham de sites oficias dando conta do que fazem no que podem ou devem dar conta, e do que, dando conta, interessa estrategicamente à política externa e à afirmação de Portugal. Não é Ferro Rodrigues?

Sem comentários: