O preço dos balões de ar. Meados de Dezembro, os representantes dos diplomatas transmitiram ao Ministro que, em vésperas da presidência da UE, «começava a ser perigosa» com a falta de funcionários nos serviços, a falta de condições e o excesso de trabalho, situação que gerava descontentamento nas Necessidades. Alertou-se então para o reforço do quadro de pessoal, não se repetindo o mesmo erro do passado.
Meados de Fevereiro, para resolver o assunto, tarda que os diplomatas chamados à pressa dos postos externos cheguem, deixando os postos desguarnecidos, e, com a presidência à porta, a apreensão é justificada. A questão não se coloca apenas com diplomatas, mas também com os restantes funcionários do MNE – técnicos e administrativos. A mera deslocação de pessoal de outros ministérios não é solução garantida – há mil rotinas e contextos que não é em dois, três meses que se apreendem ou se reproduzem, evitando o ridículo, logo no Protocolo por exemplo.
A comissão do PRACE cometeu erros de palmatória – não dialogou. Perderam-se em 2005 os melhores meses para pensar e planear 2006, porque os melhores meses de 2005 foram marcados pelo «eu determinei», «eu ordenei», «eu impus», «eu tirei a conclusão», «eu instrui» e até «eu ordenei ao Vaticano»… E isto para não falar dos balões que, afinal, apenas tinham ar lá dentro. Os melhores meses de 2005 minaram os meses de 2006 que estão mais perto do que é importante (onde é que ouvimos isto?)
Agora há que salvar, tanto quanto possível, a honra do convento, não valendo a pena, nas presentes circunstâncias e emergências, discutir o sexo dos anjos.
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