31 março 2007

Abrilada no quadro. Martins da Cruz em questão

    O Conselho Diplomático vai começar mal o mês, tendo que tomar uma deliberação de fundo. O Secretário-Geral terá que ouvir o Conselho sobre a prorrogação por mais um ano da licença sem vencimento de longa duração do funcionário do quadro diplomático do MNE, António Mendonça Martins Cruz.

Alguns membros do Conselho Diplomático ( consta que essencialmente os representantes das categorias, influenciados pelo poderoso lobby da Associação Sindical dos Diplomatas Portugueses) estão muito motivados a levar o Conselho a se pronunciar desfavoravelmente, com base nas conhecidas declarações do funcionário em causa de que não regressaria à carreira diplomática após o exercício de funções políticas. Um número crescente de diplomatas ( sobretudo conselheiros de embaixada e ministros plenipotenciários) têm vindo a vocalizar o seu descontentamento pelo preenchimento de uma vaga no momento em que os sectores intermédios da carreira vêem muito restringido o número de lugares de topo.

Acresce que o Secretário-Geral será confrontado com a argumentação de que contrariamente a outras situações de licença sem vencimento, o funcionário em causa não regressará à carreira diplomática. Não conseguimos entretanto confirmar um rumor de que, antecipando aquelas dificuldades, A da Cruz está a ponderar requerer o reingresso ao lugar no quadro, facto que colocaria a hierarquia do MNE num desconforto adicional.

(Preso por ter cão, preso por não ter cão)

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