18 março 2007

Notadores. Ruella: a informação escrita que temos

Do Conselheiro Ruella

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Uma breve reflexão sobre a informação escrita ou de papel, destes últimos dias.

É verdade que o MNE não facilitou as coisas, não tendo disponibilizado o texto aprovado em Conselho de Ministros, nem tendo feito um comunicado síntese, ao que há a acrescentar diversas imprecisões nas declarações de António Braga.

Assim viu-se, pela sucessão de telegramas da agência Lusa, que houve um processo de aproximações sucessivas, tanto mais que o governo tentava tapar o sol com a peneira: "Olhem só que já abrimos o que o governo PSD/PP criou, vejam como vêm aí mais honorários, sopesem bem os 500 quiosques virtuais..."

Todavia, sabendo-se o que tinha sido apresentado em Dezembro e filtrando a informação recebida, não seria tarefa de monta informar correctamente ao fim de algumas horas.

E assim foi que, no dia seguinte ao anúncio da Reforma Braga, o Público, diário de referência, reduza a coisa a um su doku: "Governo abre 14 consulados, fecha 13 e despromove 15", pouco mais acrescentando de que se aproveite.

Passados dois dias, o Expresso, semanário de referência, também agarrado à aritmética (fecham 12 e não 17) vem anunciar erradamente o encerramento de Vigo e Sevilha, salientando o papel de Cavaco no recuo governamental, quando o grande mentor desta segunda versão é, claramente (como já se vinha desenhando), o chefe socialista dos Açores.

Isto dá uma confrangedora imagem dos jornais que temos: melhor seria terem perguntado a quem sabe...


Ruella, cons.

PS - Os Açores ficam para mais tarde.

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