Sectores democráticos da Venezuela apelam agora aos governos europeus e às instituições da União Europeia, designadamente o Parlamento Europeu, que se interessem pela situação do líder estudantil. Dizem não duvidar que a Nunciatura não vai entregar o estudante, mas é sabido que a missão do Vaticano não pode conceder asilo sem gerir com outros países a concessão desse direito de protecção.
Nixon Moreno foi, no ano passado, candidato à presidência da Federação dos Centros Universitários, máxima instituição representativa dos estudantes venezuelanos. Tinha a eleição ganha, todavia como opositor ao regime de Hugo Chávez, era necessário detê-lo e assim se fez, por sentença da vara eleitoral do Supremo Tribunal de Justiça da Venezuela que proibiu os comícios estudantis. A suspensão das eleições provocou uma onda de protestos estudantis na cidade de Méida, situada nos Andes Venezuelanos, que terminou com a ocupação da ULA, sigla como é conhecida a escola superior, com numerosos estudantes feridos.
O regime de Chávez acusou Nixon Moreno de sequestro de uma mulher polícia a quem, com uso de arma supostamente ameaçou violar. Só que nesse mesmo momento da imputação, Nixon Moreno estava a ser atendido pelos bombeiros e paramédicos pelas ferimentos na cara e no peito provocadas pela repressão policial. Na semana passada, fora emitido um mandado de captura contra Nixon Moreno acusado como «assassino, sádico e violador» com ampla publicidade oficial sobre o caso.
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