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Descontada toda a inabilidade que as autoridades estonianas tenham manifestado, a ausência de reacção dos Parceiros da Estónia na União Europeia no caso do episódio da estátua em Tallin vem demonstrar à saciedade como a UE já não é (se é que algum dia foi) uma familia, e menos ainda um grupo de países aliados que partilham uma politica externa comum e uma politica europeia de segurança e defesa. Já tinhamos, anteriormente, assistido à UE silenciar a Polónia face à Rússia.
Seria bom que os futuros negociadores do substituto do Tratado Constitucional fossem alertados - já que não dão sinais de terem entendido o exercicio anterior - para o risco que advém para um país pequeno não ter disponível nenhuma garantia (por exemplo, a unanimidade, ou um Senado com o mesmo número de representantes por Estado Membro) para que possa accionar a solidariedade dos outros Parceiros no Conselho, sobretudo num momento em que se está forjando uma aliança entre os chamados Grandes para impôr um mini-tratado, que não será mais que um reforço dos seus votos no Conselho e do número dos seus deputados no Parlamento Europeu, sem a contrapartida da comunitarização de sectores que aos países mais pequenos interessa.
Diplomacia portuguesa. Questões da política externa. Razões de estado. Motivos de relações internacionais.
15 maio 2007
Dos Notadores. A Estónia e a «família da UE»
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