14 junho 2007

A troika Merkel/Sarkozy/Zapatero

    E corre por essa Europa que, afinal, serão os gémeos polacos Kaczynski a colocar os entraves fatais para um acordo sobre o Tratado Europeu. Corre também que Merkel conseguiu reduzir os obstáculos de outros três estados partidários de um texto minimalista – França, Holanda e Reino Unido.

    E corre também que, nesta matéria, Portugal não conta, apesar de fazer parte da presidência tripartida que, tal como se suspeitave, é uma figura retórica. Tanto que hoje mesmo, o presidente francês Sarkozy ruma a Varsóvia na tentativa de convencer os gémeos a aceitar o sistema de decisões por maioria qualificada, seguindo também Zapatero (depois de conversa com Merkel) para a capital polaca com a mesma finalidade, e, na sexta-feira, os dois líderes de Varsóvia irão a Berlim com o mesmo assunto em carteira. Entretanto, Lisboa continua a preparar o exercício, a receber ou a ser recebida, a cumprir uns números úteis para efeitos mediáticos internos…

    Na verdade quem conta nesta UE são os estados mais fortes da mesma UE que são os mais interessados na drástica redução da aplicação do princípio da unanimidade o que significa a impossibilidade de um qualquer estado membro poder vetar um acordo que prejudique interesses nacionais vitais, por exemplo.

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