28 outubro 2007

Consulados e Registo Civil. Sistema inoperativo

        Tem isto muito a ver, tal como um célebre pensador e editorialista português já em 1973 escrevia, com a problemática da informática das infra-estruturas em Portugal...
    Escreve Manuel de Melo, com o que sabe acontecer na Suíça, que o Sistema de Informação do Registo Civil (SIRIC) falha nos consulados e que no MNE, transcreve-se, como de costume nesse reino da incompetência, começou a construir-se a casa pelo telhado, isto é, deu-se ordem aos consulados para entrarem em ambiente de produção sob a batuta da referida aplicação informática, antes mesmo de acautelar a funcionalidade da mesma em ambiente de teste. E o resultado foi catastrófico, quase levando à loucura os dois diplomatas responsáveis pelos consulados de Genebra e Caracas, os quais – diga-se de forma corajosa – foram obrigados a levantar o tom e dar dois murros na mesa, mandando Lisboa e o SIRIC às urtigas. É que o sistema estava quase sempre inoperativo ou inacessível, impossibilitando os funcionários de executar os registos, causando graves transtornos ao bom desenrolar da actividade consular e pondo os nervos em franja aos muitos utentes que se viam obrigados a esperar horas a fio para serem atendidos...

    Só que, Manuel de Melo, a falha ocorre nas próprias conservatórias do território nacional, em muitas das quais há meses e meses que perdura o que se explica como «avaria». Há emigrantes que têm vindo de propósito a Portugal para tratar de documentação nas suas terras e... é o mesmo que nos consulados.
Em todo o caso, ler o texto de Manuel de Melo cuja causa é boa.

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