Solução portuguesa para a Itália, revelada por um espanhol que abdica do benefício. Logo, é verdade.A presidência portuguesa da UE propôs a concessão à Itália de mais um eurodeputado para superar a recusa italiana em aceitar a futura composição do Parlamento Europeu. A solução acaba de ser descrita pelo secretário de Estado espanhol, Alberto Navarro, que deixa assim Clara Borja, porta-voz oficial da presidência portuguesa, a Oeste de Madrid que é aquele local onde toda a gente diz “tanto segredo para nada”.
Solução à portuguesa, porque para satisfazer a pretensão italiana, o Presidente do Parlamento Europeu deixa de entrar no cômputo geral dos 750 eurodeputados, permitindo à Itália 73 assentos em paridade com o Reino Unido, mantendo a França 74. Resta saber se o Presidente do PE é deputado ou não é, se deixa de ser para o ser ou se passa apenas a parecer que é, sendo. Essa questão de legitimidade institucional fica para depois mas que resulta de expediente, resulta.
Navarro garantiu que o expediente obteve o apoio dos próprios representantes do PE na Conferência Inter-Governamental (CIG) que está a negociar o novo Tratado, sugerindo justificar o seu papel de porta-voz ad hoc anunciando que a Espanha está disposta a aceitar um tal compromisso, com o objectivo de facilitar um acordo, embora também pudesse exigir um assento adicional, à custa de um vice-presidente não se sabe, mas porque não? Se Navarro não disse a verdade, está feito.
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