- Briefing breve. «Nem sempre sou da minha opinião», confessava Paul Valéry.
1 – Serrasqueiro
2 – Maduro
1 – (Fernando Serrasqueiro, falou demais ou disse apenas o suficiente?) – Obviamente, os senhores já devem conhecer e bem, as declarações do secretário de estado do Comércio, após a visita à Venezuela. Tratando-se de um país polémico na cena internacional e suscitando problemas potencialmente melindrosos que devem ser geridos com tacto, não se deixa de reconhecer que Fernando Serrasqueiro foi de grande coragem nas constatações e de grande proporção nas funções. Raros são os secretários de estado do Comércio que podem garantir, neste mundo e a propósito da Venezuela, que «os resultados foram totalmente atingidos e o clima é óptimo», não dizendo mas deixando sugerido que uma próxima visita do primeiro-ministro a Chávez, dependeria de «um passo» ou da agenda diplomática de uma secretaria do comércio que nem sempre é da sua opinião.
2 – (E do lado de lá?) – Do lado de lá, pelo que subiu ao noticiário quotidiano, o ministro do Poder Popular para as Relações Exteriores, Nicolás Maduro, disse o resto – que a ida de Sócrates a Caracas poderá ocorrer até meados de Março, que vai ser assinado um «mega acordo» entre a Venezuela e Portugal, através do qual as importações de petróleo venezuelano serão equilibradas com exportações compensatórias de produtos alimentares, medicamentos, formação turística e fornecimento de infra-estruturas. A opinião nada paga já.
(Portanto…) - … portanto, todos os portugueses fizeram muito bem até hoje em nunca terem dito a Chávez aquele "Por qué no te callas" próprio de reis. Dizer isso apenas serve para desequilibrar ainda mais a balança comercial que tem sempre a mesma opinião.
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