Palestra de Seixas da Costa, em Salvador da Bahia. Alvíssaras para um índio do Acre
Pois é. Chegaram às NV diversas versões do texto integral da intervenção (28 Janeiro) do Embaixador Francisco Seixas da Costa, nas comemorações do Bicentenário da Declaração de Abertura das Alfândegas e Portos brasileiros ao comércio internacional, pelo Príncipe regente português.
Todavia, para efeitos de alvíssaras, a única versão que conta é a de um auto-proclamado descendente dos índios Yawanawá, que vivem nas margens do Rio Gregório, no Acre e que diz chamar-se Menezes Corrêa de Noronha Filho. A versão de Menezes, acompanhada de electrónica mas descompassada carta (no estilo e adjectivos mas com foto!), é fidedigna da primeira à última linha, embora Menezes Corrêa de Noronha Filho, à evidência, minta no nome – um índio yawanawá chamar-se Menezes Corrêa com acento circunflexo e, além disso, Noronha Filho, ou é mentira que vem de pai para filho, ou é filho de índio que chama Noronha ao pai.
Contamos divulgar a carta do índio Menezes amanhã, sábado (eticamente aguardamos a concordância desse sobrevivente do Rio Gregório), e haverá tempo, no domingo, para a palestra do embaixador que, adiante-se, quebrou a tradição sentimentalona dos diplomatas choramingas que, quando falam do passado comum a brasileiros, mais se parecem a índios yawanawá que mentem nos nomes.
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