17 março 2008

Concurso. De secretários para conselheiros, pois claro

Quando, na Letra Oficial, aqui se falou (de manhã) de «luta» no MNE, claro que nos referiamos a luta no bom sentido, E outro sentido não se admitiria para a progressão de secretários de embaixada à categoria de conselheiro, muiuto embora bastantes sejam os candidatos e não muitos os que serão escolhidos. A portaria do concurso deixa, como se vê, nas mãos do júri a fixação da grelha de factores de ponderação «com expressão numérica, tanto positiva como negativa», a serem carreados para a prova de avaliação curricular, numa escala de 0 a 20 pontos.


    Especial atenção para o facto de não bastar, desta, o exercício de funções em Portugal ou no estrangeiro, mas também «a forma como foram desempenhados». Como princípio, parece estar correcto. E além da forma de desempenho, também «a natureza e características» dos postos. Contam igualmente «os trabalhos escritos, sobre temas relacionados com a actividade diplomática e consular», sendo igualmente justo considerar quem se tenha dado ao trabalho. Finalmente, também é apontado como critério, o exercício de funções em departamentos do estado fora do MNE e/ou em organismos internacionais relevantes para a política externa portuguesa - não se diz mas não ficaria mal também neste caso condicionar a avaliação à forma como tais funções foram desempenhadas, objectivamente e não pelos louvores da praxe que em muitos casos valem zero.

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