11 março 2008

Kosovo. Portugal na estafeta

Diz Luís Amado, quanto ao Kosovo:

  1. que «a situação é difícil e complexa».
    Ou seja, para se entender, que não é fácil nem simples.
  2. que «há muitos factores que devem ser tidos em consideração».
    Como em tudo.
  3. que «temos de acompanhar também o desenvolvimento do processo no interior da UE, temos de ter em considerção o desenvolvimento dos acontecimentos no terreno».
    Com certeza.
  4. que, isso também em função das «relações da UE com as Nações Unidas e com a NATO, o desenvolvimento da situação na Sérvia, e, naturalmente, a forma como a UE se relaciona com a vasta região dos Balcãs Ocidentais».
    Por outras palavras: unilateral ou multilateral, é questão à parte.
  5. que «não temos nenhuma razão para precipitar uma decisão».
    Não haverá, pois, decisão.
  6. que, assim sendo e está patente, o Governo «tem uma posição bem definida».
    Tem, pois, posição.
  7. que a decisão formal surgirá conforme «a avaliação das circunstâncias».
    Haverá, pois, decisão não formal.
  8. que «estamos perfeitamente à vontade para gerir esse timing dentro das preocupações que todos temos de contribuir para a estabilidade da região».
    Gestão, pois, da formalidade da decisão decorrente de posição bem definida sobre decisão que não deve ser precipitada.
  9. que «o diferente timing das decisões dos estados membros não deixa de contribuir para o equilíbrio das relações da UE com a região».
    Quer dizer, a política externa da UE, no caso, deixa de ser comum para ser uma política externa de estafeta, em que cada estado pega no testemunho conforme a avaliação das circunstâncias, dos factores em consideração e dos acontecimentos no terreno.

Claríssimo.

Sem comentários: