A falta de energia em Bissau (corrente eléctrica poucas horas por dia) é a metáfora exacta do que está a acontecer na Embaixada de Portugal nessa capital, onde a atmosfera é escura, pelos relatos. Há a indicação de que a Assembleia guineense até já terá votado uma moção para que um diplomata português fosse expulso do país, e nem sobre isto há quem faça luz e diga a verdade – O que há? Desde quando há? Qual é agora o problema de Bissau?
Sabe-se que há «matérias graves», matérias graves mas ocultadas, corre como certo que quem devia ter reagido não reagiu atempadamente a protestos das autoridades, e que, num ambiente de cortar à faca, estará, outra vez, a fabricar-se mais um exemplar dessa figura nacional do bode expiatório que faz do justo um decepado - a carreira sabe que isto tem acontecido.
Paradoxalmente, à noite, nos bares de Bissau, é que se faz um pouco de luz circulando alguma informação, com uns a defender o actual encarregado da secção consular e a apontar o dedo para o anterior ou mesmo para o embaixador - sabe-se lá! - enquanto outros, já politicamente, deitam as culpas ao ex-Ministro Freitas do Amaral por ter complicado tudo com nomeações apressadas e sem perfil para África. Esta e não pode ser outra, é a súmula que nos chega das conversas, a dar conta de uma situação que, naturalmente, as Necessidades devem esclarecer rapidamente, com segurança e sem bodes expiatórios.
Estamos em crer que seria útil que António Braga desse um salto a Bissau, se é que já não tenha viagem agendada.
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