A propósito de testemunhos e relatos de servidores do estado a que nenhuma lei proíbe a memória
Do «Notador Que Conhece a Casa»
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O grande drama de alguns diplomatas é a sua incapacidade para perceberem que a circunstância de viverem no exterior não lhes garante protecção no caso de se sentirem tentados a concessões do domínio da ética e que o tempo e a memória acabam por jogar contra eles. Por seu turno, o grande drama do Ministério dos Negócios Estrangeiros é a incapacidade para perceber que tentar proteger esses diplomatas, por um tacanho reflexo corporativo ou por uma despropositada piedade, não configura a defesa da boa imagem da "casa" mas apenas traduz uma mísera cobardia profissional e o assumir como natural e rotineira uma cultura de mediocridade e de "deixa-andar", que acaba por colocar a "carreira" ao nível dos piores exemplos do serviço público que se pretende elite. Por isso, os que "cortam a direito" não são populares nas arcadas do Convento das Necessidades.
Notador que conhece a Casa
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