FALHANÇO ON-LINE O Anuário Diplomático e Consular Português, aquele que está on-line alojado no site oficial do MNE em formato PDF e para isso as Necessidades pagam, aliás pagam os contribuintes, continua a não ser fiável, mantendo na internet os mesmos vícios das edições tipográficas de outrora, neste caso até compreensíveis desde que as desactualizações não excedessem quatro anos, tratando-se de um anuário.
Só que, para aumentar a confusão, o site oficial para além do Anuário em formato PDF, repete a dose numa lista de embaixadas, com titulares, endereços e contactos, igualmente desactualizados. Por exemplo, em Harare, o embaixador João Ataíde da Câmara, pelas listas do site, ainda aí não chegou, quem estará é ainda João Versteeg; Carlos Neves Ferreira não saíu de Atenas, onde também não chegou Duarte Costa... por aí fora.
Mas falando do Anuário PDF, sendo para já bizarro que em século com formato de internet ainda se diga, em Abril de 2008, que o Anuário vai no Volume LXXV referido a 15 de Outubro de 2007, como outrora na tal tipografia, uma edição on-line pode e deve colocar a Diplomacia na Hora, com um mínimo trabalho - as alterações de dados da máquina diplomática não são assim tantas e tão constantes que provoquem um cansaço cerebral a quem é pago para executar esse serviço público, porque é público para além de oficial.
Mas não se entende como é possível que meia dúzia de diplomatas promovidos a ministros plenipotenciários há meses, alguns a chefiar missões, continuem a figurar no Anuário com as categorias anteriores, para não referir casos mais graves como os dos nomes de titulares das próprias missões, ou a omissão de biografias para que se saiba por onde passou, andou e o que fez aquele que está onde está ou vai estar - para isto, bastaria copiar do CD feito antes da purga, juntar poucos acrescentos e fazer dois ou três cortes naturais.
Pelo que temos observado, foi dado um enorme salto qualitativo na elaboração e actualização das listas de contactos internos e externos do MNE, listas da responsabilidade dos serviços do MNE. De modo geral, as listas são fiáveis e satisfazem as necessidades correntes dos serviços diplomáticos e consulares, porquanto as alterações são introduzidas assim que detectadas ou comunicadas - diplomatas e funcionários, sobretudo dos serviços externos, comprovam isto mesmo. Estas listas deveriam ser o ponto de partida para barrar a descoordenação patente não só dentro do ministério e agora também de fora.
Só que o Anuário PDF e a lista de fora, nem sequer aproveitam o trabalho feito pelas formiguinhas de dentro, sendo lícito questionar se vale a pena pagar à cigarra de fora o que, com um mínimo de custos, pode ser feito dentro. Aliás, seria um ato surrealista (ato, já pelo acordo) pagar fora com o trabalho de dentro...
Sem comentários:
Enviar um comentário