02 abril 2008

O trabalho da formiga. No carreiro de Brasília


É OBRA A formiga é aquele blogue criado pelo embaixador Francisco Seixas da Costa, em 28 de Dezembro de 2006, apresentado como «complemento do site da Embaixada de Portugal». Pioneiro no que já se converteu em canal diplomático, o embaixador foi cauteloso nesses primeiros momentos: «Trata-se de uma iniciativa experimental, cuja permanência no tempo será aferida pelo interesse que venha a suscitar e pela avaliação que vier a fazer-se da sua efectiva utilidade como veículo de informação».

Desmotivando alguns embaixadores que, em pequenas capitais e quase sem colaboradores, assim viam num blogue possível janela de comunicação, pois nem só uma, nem só duas cigarras foram ouvidas nas Necessidades logo a cantarem que a formiga vinha no carreiro no sentido contrário, e que cairia ao Tejo, cairia ao Tejo ao pé de algum plenipotenciário…

Mas não caiu.

O blogue da embaixada, desde Junho de 2007 que se ligou a motor de contagem, permitindo até a identificação do «efeito D. João VI», e aí estão os números à vista. Estas são as contas feitas a 31 de Março, para os nove últimos meses: 72.423 consultas ao Blogue (uma média de 412 consultas diárias), correspondentes a 118.506 visitas a páginas individuais (636/dia). A média de duração de cada visita é de cerca de 2 minutos. No "site meter", o "world map", marcando as últimas 500 consultas na "South America", permitem observar a extensa rede de leitores, em especial no território do Brasil. O Blogue, quase diariamente, é consultado por leitores dos cinco continentes.

Mas, a par da blogue da embaixada, mais dois carreiros: um grupo de "Subscritores do Blogue", com 132 leitores a quem são, numa base tendencialmente diária, enviados por e-mail os "post" publicados, e segundo carreiro, um blogue temático dedicado ao padre António Vieira.

Até há pouco, foi o próprio embaixador que suportou ou assumiu todo o esforço da iniciativa, sem prejuízo de tudo o mais como é diplomáticamente público, politicamente notório e que Portugal agradece. Só recentemente passou o dossier para Carlos Fino, conselheiro da embaixada, dossier esse que só não é mais pesado, porque, contrariando a canção do Zeca, já não é necessário dizer mudem, mas sim sigam o rumo, sigam o rumo, já lá vem outro carreiro…

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