Itamaraty gradua presença diplomática na República do Congo, país de língua oficial francesa, 342 mil Km ², com 3,8 milhões de habitantes e que começa a recuperar de três guerras civis à custa da venda de petróleo e minérios.
No Congo, Portugal mantém acreditado um embaixador não residente, João Perestrello (residente em Kinshasa) e pouco ou nada pode fazer - quando muito apresentar tarde as credenciais e despedir-se, como é habitual com os nossos não-residentes
BRASIL A MARCAR A CHINA O primeiro embaixador residente do Brasil na República do Congo já está designado, Affonso José Santos (na foto), que obteve parecer favorável da Comissão de Relações Exteriores do Senado, na audição a que os diplomatas brasileiros destacados para chefia de postos são submetidos como ponto de passagem obrigatória.
Nessa audição, o diplomata apontou que as empresas brasileiras estão enfrentando uma «agressiva concorrência» das empresas chinesas na África, pelo que «é extremamente oportuna» a graduação da presença diplomática em Brazzaville.
Segundo o embaixador, a China abriu linhas de crédito para países africanos no valor de 50 biliões de dólares, fazendo notar que as empresas chinesas não estão apenas interessadas nas matérias-primas africanas, mas também em obras de infra-estrutura. Affonso José Santos relatou que empresas chinesas já construíram prédios públicos em países como a Nigéria e depois recusaram-se a cobrar pela obra.
- O que leva o Brasil a interessar-se pelo Congo
Petróleo e construção civil, de acordo com a exposição do embaixador brasileiro designado, são os principais pontos de interesse para o Brasil no Congo. Actualmente, o petróleo corresponde à quase totalidade das importações brasileiras daquele país (136 milhões de dólares em 2007 - contra 49 milhões em exportações do Brasil). Na área da construção, a empresa Andrade Gutierrez estará concluindo uma negociação com o governo do Congo sobre o pagamento de uma dívida relativa à construção de uma rodovia.
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