De Frei Bermudas, legado de NV no Vaticano
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Embora a palavra web não conste em qualquer dos dicionários de latim, mesmo do latim macarrónico, a Santa Sé já tem uma página em latim na internet. Desde dia 9, ao lado das versões em inglês, castelhano, francês e português, temos portanto agora latinada para os latiniparlas. (Na foto, tirada da página oficial, Bento XVI a escrever com essa crença).
É claro que a Santa Sé está no seu direito – o latim nunca deixou de ser e é de facto a língua oficial da igreja católica romana. Mas o gesto é político – afirmação de autonomia e alguma crença na infalibilidade do latinar, crença ortográfica e etimológica.
Entrando por essa linguagem na opção Sancta Sedes/Latine, por lá se encontra o menu Documenta Latina com os Summi Pontifices (biografias papais de João XXIII a Bento XVI), a Biblia Saacra (Nova Vulgata/Bibliorum sacrorum editio), o Catachismus Catholicae Ecclesiae, o Codex Iuris Canonici (cuidado !), as Constitutiones, Declarationes: e Decreta do Concilium Vaticanum II), e, finalmente o mundo da Romana Curia (com a secção Latinitas - Opus Fundatum Latinitas constitutum in Civitate Vaticana pelo chirographo Romani Sermonis Pontificis Maximi Pauli VI, para studium adiuvare linguae ac litterarum Latinarum, classicarum quas dicunt in primis, tum etiam scriptorum christianorum nec non Latinitatis medii aevi et recentioris…)
É por estas e por outras que o nosso D. Jerónimo Osório ainda vai a santo (sabia mais latim que todos os pastorinhos juntos). Assim o próximo embaixador junto da Santa Sé, a suceder a Rocha Paris, consiga provar o milagre da sobrevivência das consoantes mudas. E assim, por hoje, me despeço em latim que é o mesmo que me despedir à francesa.
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