Parabéns ■ Que não falte um abraço

Quando em diplomacia se deixa uma perna de fora é porque a outra ficou dentro. E às vezes nem isso.
- Manuel XCIII Paleólogo^©

• António Peixoto Cotrim, conselheiro de embaixada, na UNESCO
• Ângela Romão Dourado, secretária de embaixada, esteja onde estiver

OLHA QUEM FOI MINISTRO Pois foi neste dia há 159 anos, o conde do Tojal, João Gualberto de Oliveira, de seu nome, ministro dos Negócios Estrangeiros por dois anos, no governo de Costa Cabral (deste, dizia Oliveira Lartins que “era mais do que um homem: era um sistema e um fantasma. No ódio com que o recebiam mostravam-lhe quanto ele valia, pelo medo que lhe tinham.”)


Oriundo de antiga família de comerciantes madeirenses, foi abastado negociante de vinhos no Funchal, quando foi eleito deputado pela Madeira para a sessão legislativa que funcionou de 1834 a 1836. Mais tarde seria o proprietário da fábrica de papel do Tojal. Mais pelo seu poderio económico do que por mérito político, apesar de razoável tribuno e correcção formal, pisou o governo em quase tudo o que era pasta: além dos estrangeiros, foi a da fazenda, a da marinha, a do reino e a da justiça, e ainda o cargo de inspector geral dos correios e postas do reino … Verdadeira destilaria.

Mas que tinha certa queda para a diplomacia económica, lá isso tinha. Senão veja-se: após a entrada das tropas liberais em Lisboa, os frades da freguesia de São Julião do Tojal (em Loures) perderam as suas propriedade em 1835. Extintas as ordens religiosas em 1836, João Gualberto de Oliveira (apenas mais tarde seria barão e conde do Tojal…) arremata a quinta mais importante da região - a Quinta da Abelheira, que fica na sua posse, assim como a Fábrica de Papel que aí já se encontrava. Percebia da fazenda.

Ontem, 17
em que não houve parabéns a dar ou a receber, mas...

A cronologia diplomática dos anatemizados é o ópio dos sobreviventes.
- Manuel XCII Paleólogo^©

OLHA QUEM FOI MINISTRO Exactamente António Óscar de Fragoso Carmona, no dia 17 e pela segunda vez neste Junho de há 82 anos, mas, desta, por 19 dias.