27 julho 2008

Parabéns, ninguémMas evoque-se...


Em tempo de paz é que a diplomacia não deve limpar as armas.

- Manuel CXXIV Paleólogo©


    OLHA QUEM FOI MINISTRO Depois do 1.º e único conde de Porto Santo (ontem, como interino) há 181, seguiu-se hoje há 181 anos, o 7.º conde da Ponte, também interino. Mais perto mas já longe, em 1929, Henrique Trindade Coelho era empossado como MNE. Mas evoque-se alguém que não foi MNE e que, neste dia há 34 anos, tomava posse como secretário de estado dos Negócios Estrangeiros: Jorge Campinos.

    1. Quanto ao 7.º conde da Ponte, tinha nome comprido, gosto ou destino que ainda perdura na casa como que espécie de habilitação: Manuel de Saldanha da Gama Melo e Torres Guedes de Brito. D. Pedro nomeara D. Miguel regente, este aceitando com reservas, num ambiente já a fervilhar. Ficaram na memória, por muito tempo, manifestações por estes dias finais de Julho desse remoto ano 1827, manifestações que ficaram conhecidas como as archotadas. Eram manifestações de liberais a favor de Saldanha, realizadas pela noite fora, com archotes. O 7.º conde da Ponte foi o organizador da repressão destas manifestações e haveria de ser um fervoroso miguelista.

    2. Em 1929, Henrique Trindade Coelho (filho de José Trindade Coelho, o de Os Meus Amores, mas não saíu ao pai), foi MNE por escassos 20 dias, cruzando-se ainda com António de Oliveira Salazar então apenas nas Finanças (Ivens Ferraz, chefe do governo) e quando estava na forja, por Linhares de Lima, a Campanha do Trigo. Henrique Trindade Coelho foi amigo pessoal de Mussolini, certamente pela oportunidade ou circunstância próxima de ter sido embaixador junto da Santa Sé. Quando estalou o 28 de Maio, Henrique Trindade Coelho era director do diário O Século e pessoa da maior confiança de Gomes da Costa.

    3. Jorge Campinos, neste dia há 34 anos, tomava posse como secretário de esatdo dos Negócios Estrangeiros (Mário Soares, MNE). Nasceu em 1937, foi um dos fundadores do PS, foi ainda ministro do Comércio Externo no VI Governo Provisório e ministro sem pasta no I Governo Constitucional, participou nas conversações que conduziram ao reconhecimento, por parte de Portugal, da independência da Guiné e S. Tomé e Príncipe, foi ainda juiz do Tribunal Constitucional e deputado europeu. Em 1988 foi escolhido para o cargo de director dos serviços jurídicos do Parlamento Europeu e funcionário da Comissão Europeia. Morreu em Moçambique vítima de acidente de viação, a 30 de Julho de 1993. Muitos o recordam, alguns o evocam.


    CONTAGEM DECRESCENTE Falta 1 dia para se constatar 272 anos.


    COMO O TEMPO PASSA. Neste dia, há 32 anos - era MNE, José de Medeiros Ferreira - entraram para a carreira como adidos :

    Maria do Carmo Alegro de Magalhães, embaixadora em Liubliana, e Pedro Fontoura Madureira (licença de longa duração)

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