Todos os caminhos em Portugal têm ido dar ao Marquês; o problema é o engarrafamento.
- Manuel CXXX Paleólogo©
- OLHA QUEM FOI MINISTRO Há 258 anos, exactamente neste dia, assumia a pasta dos Estrangeiros, o conde de Oeiras, melhor: o marquês de Pombal. Mais recentemente, como quem diz, era Paulo Cunha que jurava, há 58 anos.
- Pois Sebastião José de Carvalho e Melo entrou no histórico das Necessidades, neste dia em 1750, e falar dele neste espaço nem sequer equivale a meter o Rossio na Betesga, mas sim a colocar os Açores na Selvagem Pequena mesmo com Carlos César de fora. Mas, enfim, sempre vale relembrar que o nosso Marquês teve como seu primeiro cargo público o de embaixador em Londres (1738), que em 1745 foi transferido para Viena, que D. João V, nada satisfeito com o seu desempenho diplomático, mandou-o regressar a Portugal em 1949, morrendo o rei no ano seguinte – aquele de 1750 – em que D. José o nomeou exactamente para os Estrangeiros e, além disso confiando-lhe o controle do estado. Toda a gente sabe o resto embora nem todos interpretem bem o restante.
- Ainda dá para alguns saudosistas sobreviventes, Paulo Arsénio Veríssimo Cunha (NV não encontraram melhor foto) era MNE neste dia de Agosto de 1950, em que Anónio de Oliveira Salazar operava mais uma das suas «remodelações». Aguentou-se até à remodelação de 1958, ano em que algum cheiro a Europa era já passível de ser anatemizado, como diria o embaixador Fernando Castro Brandão. Nessa «remodelação» de 1950, entraram para o governo apelidos e genitivos que ficaram como ex-libris: Costa Leite (presidência), Santos Costa (sucede a Salazar na defesa); Trigo de Negreiros, (interior), Artur Águedo de Oliveira (finanças), Sarmento Rodrigues (colónias), Ulisses Cortês (economia, com Jorge Jardim como subsecretário de Estado), Soares da Fonseca (corporações). No meio disto, Paulo Cunha, ligado à ala marcelista. Um ano antes de abandonar as Necessidades (1957), Paulo Cunha terá começado a fazer várias patifarias: em Fevereiro, por ocasião da visita oficial de Isabel II, Paulo Cunha e Selwyn Lloyd conversam sobre as negociações da Zona de Livre Câmbio, e pouco depois da assinatura do Tratado de Roma (25 de Março) que instituiu a CEE, outra grande patifaria de Paulo Cunha ao consultar a 7de Maio, o então ministro francês dos Negócios Estrangeiros, Christian Pineau, sobre uma eventual associação de Portugal ao Mercado Comum. Era demais. Em 1958 foi remodelado.
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