29 setembro 2008

Aló? Nada melhor que na íntegra. Sobretudo da Venezuela!

Carta dos Conselheiros da Comunidade Portuguesa na Venezuela, nenhum dos quais se chama Magalhães - um é Jorge, outro Freitas, outra Lucio, ainda outra Almeida e um último Martins.


Sua Excelência, Exmo. Sr. Eng. José Sócrates,

“Afirmar o Nome de Portugal no Estrangeiro”, é promover as relações a todos os níveis e é também garantir a segurança pessoal e jurídica dos seus cidadãos, por isso os membros do Conselho das Comunidades Portuguesas (CCP) na Venezuela, queremos manifestar o nosso mais profundo repúdio por aquilo que consideramos ser “uma perseguição contra os Portugueses neste país”, com a indiferença das nossas autoridades.

Segundo dados recolhidos junto da comunidade no que vai de ano, já foram raptados mais de vinte (20) empresários e comerciantes Portugueses, dez (10) foram assassinados, quatro (4) deles foram mortos nas ultimas três semanas.

Reconhecemos que a criminalidade é um problema mundial da sociedade em que vivemos, mas o que não podemos aceitar, é que não se faça nada ao respeito para combater-la.

É obrigação do Estado Português, velar pela segurança dos seus cidadãos independentemente em que parte do mundo se encontrem, e é também seu dever, exigir que se cumpram os acordos assinados com outros paises no que diz respeito à sua segurança pessoal. Por isso, pedimos ao Senhor Primeiro-Ministro, que inclua nos acordos que Portugal está a assinar com a Venezuela, um compromisso sério por parte do Presidente Hugo Chavez que garanta a proteção e segurança dos emigrantes Portugueses e das suas famílias que vivem na Venezuela.

Senhor Primeiro-ministro, as relações políticas com a Venezuela são muito importantes, como são também o petróleo, o vinho, o bacalhau e o intercambio comercial, mas... O Direito à Vida, tem que estar por encima de todos e quaisquer interesses políticos ou pessoais.

Na ultima vez que o Senhor Primeiro-Ministro se reuniu com o Presidente Venezuelano, disse que “sempre que se encontra com ele, está no seu espírito a comunidade que vive e trabalha na Venezuela”, pois agora tem outra oportunidade para lembrar-se dos Portugueses e das famílias enlutadas que ficaram sem os seus familiares e de mostrar aos emigrantes na Venezuela que sim existem 600 mil razões para se preocupar com eles.

Com os nossos cumprimentos,

Os Conselheiros das Comunidades Portuguesas por Venezuela,
      Luis Jorge
      Antonio Freitas
      Estela Lucio
      Maria de Lurdes Almeida
      Manuel Martins

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