Carta dos Conselheiros da Comunidade Portuguesa na Venezuela, nenhum dos quais se chama Magalhães - um é Jorge, outro Freitas, outra Lucio, ainda outra Almeida e um último Martins.
Sua Excelência, Exmo. Sr. Eng. José Sócrates,
“Afirmar o Nome de Portugal no Estrangeiro”, é promover as relações a todos os níveis e é também garantir a segurança pessoal e jurídica dos seus cidadãos, por isso os membros do Conselho das Comunidades Portuguesas (CCP) na Venezuela, queremos manifestar o nosso mais profundo repúdio por aquilo que consideramos ser “uma perseguição contra os Portugueses neste país”, com a indiferença das nossas autoridades.
Segundo dados recolhidos junto da comunidade no que vai de ano, já foram raptados mais de vinte (20) empresários e comerciantes Portugueses, dez (10) foram assassinados, quatro (4) deles foram mortos nas ultimas três semanas.
Reconhecemos que a criminalidade é um problema mundial da sociedade em que vivemos, mas o que não podemos aceitar, é que não se faça nada ao respeito para combater-la.
É obrigação do Estado Português, velar pela segurança dos seus cidadãos independentemente em que parte do mundo se encontrem, e é também seu dever, exigir que se cumpram os acordos assinados com outros paises no que diz respeito à sua segurança pessoal. Por isso, pedimos ao Senhor Primeiro-Ministro, que inclua nos acordos que Portugal está a assinar com a Venezuela, um compromisso sério por parte do Presidente Hugo Chavez que garanta a proteção e segurança dos emigrantes Portugueses e das suas famílias que vivem na Venezuela.
Senhor Primeiro-ministro, as relações políticas com a Venezuela são muito importantes, como são também o petróleo, o vinho, o bacalhau e o intercambio comercial, mas... O Direito à Vida, tem que estar por encima de todos e quaisquer interesses políticos ou pessoais.
Na ultima vez que o Senhor Primeiro-Ministro se reuniu com o Presidente Venezuelano, disse que “sempre que se encontra com ele, está no seu espírito a comunidade que vive e trabalha na Venezuela”, pois agora tem outra oportunidade para lembrar-se dos Portugueses e das famílias enlutadas que ficaram sem os seus familiares e de mostrar aos emigrantes na Venezuela que sim existem 600 mil razões para se preocupar com eles.
Com os nossos cumprimentos,
Os Conselheiros das Comunidades Portuguesas por Venezuela,
- Luis Jorge
Antonio Freitas
Estela Lucio
Maria de Lurdes Almeida
Manuel Martins
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