FICAM AS FOTOGRAFIAS A XVIII Iberoamericana foi uma cimeira diplomaticamente pobre, politicamente inútil e mais um balão vazio. As autoridades de El Salvador, além de alguns vizinhos por deferência, apenas viram Espanha, sobretudo o rei de Espanha, a rainha de Espanha, o presidente do governo de Espanha.

Foi como que uma espécie de relação bilateral dos salvadorenhos com quem escolheram, ficando os outros a adornar o cenário. Nos discursos oficiais, mesmo sobre a estafada crise, nada que editoriais dos jornais de província da Catalunha já não tenham dito. Pode ter sido um grande acontecimento social para El Salvador, mas foi um passo atrás para a desejada comunidade em ac(ç)ão.
Lançada em 1991, a conferência estabeleceu como temáticas fundamentais o respeito à vigência do Direito Internacional, o desenvolvimento económico e social, e a educação/cultura, com as cimeiras de chefes de estado e de governo a esforçarem-se na nota de eixo central de deliberações, ado(p)tando uma Declaração Política e declarações sobre temas específicos. Salvo alguma vivacidade à custa de protagonismos polémicos (Cuba, Venezuela, sobretudo) ou de conflitos latentes entre parceiros Colômbia/Venezuela, por exemplo), as cimeiras até agora não se livraram da imagem de turismo político, ou pela vulgaridade dos temas ("Juventude e Desenvolvimento", no caso desta cimeira em El Salvador), ou pela conversão dos encontros numa CPLE e vizinhos, comunidade dos países de língua espanhola e conexos, o que não desagradará à diplomacia de Madrid porque não pode fazer isso de outra maneira - o México e a Argentina que o digam. Brasil, vizinho da maior parte, e Portugal, vizinho de um, são as convenientes excepções.
Publicaremos as fotografias. A do repasto protocolar já está.
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