Sem dúvida que a quebra de protocolo ocorre quando se parte o espelho onde o estado se vê.
- Manuel CLXVI Paleólogo©
- Manuel Côrte-Real, embaixador, até há três dias, chefe do Protocolo do Estado
- José Joaquim Freitas Ferraz, embaixador, director-geral dos Assuntos Europeus
- Helena Furtado de Paiva, conselheira de embaixada, onde...
- Duarte Pinto da Rocha, adido de embaixada, nos serviços das Organizações Económicas Internacionais
- JOSÉ MENDES LEAL Se agora fosse 1869, este titular dos estrangeiros estaria no cargo até Abril do próximo ano, rendido pelo Duque de Saldanha, como interino. Chamado pelo duque de Loulé para os Negócios Estrangeiros, teve de enfrentar a dura oposição do marechal Saldanha, então embaixador em Madrid – o governo cairia por força de um de um pronunciamento militar do marechal. E com isto, Mendes Leal começou a afastar-se da política activa,. Mas ainda resistiu: nas eleições gerais de Setembro de 1870 voltou a ser eleito por Ponta Delgada, e como primeira lance político desta sua fase, insurgiu-se violentamente contra a carta branca que o parlamento pretendia dar à ditadura de Saldanha, a que se seguiu a apresentação de uma proposta de lei para que os deputados renunciassem aos seus vencimentos face à crise em que Portugal vivia... E não havia crise global.
- DUQUE DE ÁVILA, ainda marquês, duraria nos Estrangeiros (1870) menos do que Mendes Leal,: até Janeiro de 1871, rendido por Andrade Corvo. Ávila, que deu avilismo. Já nos referimos a esta personagem que tinha uma obsessão por medalhas e condecorações, e muitas mais oportunidades virão – entrou saiu, saiu entrou. Na data que vem à baila, ela era o chefe do governo (presidente do Ministério, como então se dizia), acumulando os Estrangeiros e as Obras Públicas (bastantes hoje gostariam de acumular, diga-se, mas daria demasiado nas vistas). Duas pinceladas da época e do próprio avilismo. Uma de Eça de Queirós: «Um ministério é um grupo casual de indivíduos que intrigaram para estar ali». Outra de Ramalho Ortigão: «Porque motivo são reformistas de oposição hoje os que eram reformistas governamentais ontem? Os reformistas ignoram qual é a divisa que os separa pela mesma razão que nunca souberam qual é o mote que os reunia. Um partido sem conhecimentos, sem princípios, sem bases de trabalho, sem plano de administração, sem consciência de progresso e sem carta, nem guia, nem lógica de acção, não tendo razão para existir, também não tem razão para deixar de ser. Reformista é uma palavra farfalhuda, mas oca, nome convencional sem objecto em política.» E era assim o avilismo, quase todo com Ávila, bastante sem ele.
- - Semana do Desarmamento, até amanhã, 30
(ver resolução da Assembleia Geral de 1996, que entrou por um ouvido e saiu pelo outro - em Portugal não se fez nada)
OLHA QUEM FOI MINISTRO Dois, neste dia. Um há 138 e outro há 139 anos. Como nos mestrados de história se conclui após penosa investigação, é um ano de diferença…
E COMO DIRÁ UM JÚRI DO CONCURSO DE ACESSO Comecemos pelo primeiro e depois tratemos do segundo.
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