06 novembro 2008

Almeida Sampaio. Argel com mais encanto…

NA HORA DA DESPEDIDA Na normal rotação de posto, Luís de Almeida Sampaio, até agora chefe da missão em Argel, está de partida Belgrado, e AICEP, representantes das empresas portuguesas ancoradas no quase vizinho argelino e colaboradores directos, prestam-lhe homenagem com aquela cerimónia bem portuguesa que se chama jantar e que irá já a mais de meio, nesta hora, dando vez aos discursos que é o que dá mais encanto na hora da despedida.

Os promotores são unânimes. Mesmo antes dos discursos, sobretudo empresários, dizem que ficou patente o "dinamismo demonstrado na diplomacia económica ao longo de quase quatro anos” por Almeida Sampaio, porquanto antes dele assuntos e esquemas da Argélia ou de Portugal na Argélia era inacessíveis a empresas portuguesas.

    O caso é que as exportações portuguesas para a Argélia, no primeiro semestre de 2008, alcançaram mais de 78 milhões de euros, que é o que salta à vista. Mas, nos mais discretos dados da área financeira, aí ficou preto no branco um acordo estratégico de cooperação que foi o biombo de um contrato para a reestruturação do Banco Nacional da Argélia com o apoio da CGD. Resolução de um arrastado diferendo que permitiu à empresa argelina Sonatrach deter uma participação social na EDP Energias (assinaram, em Julho um acordo para o alargamento de parceria visando a construção de centrais de ciclo combinado no Brasil e na Venezuela) e, jóia da coroa, o caso das empresas portuguesas de consultadoria e obras públicas instaladas na Argélia irem já a somar parcelas de obras em carteira que dão 500 milhões de euros, tudo isso dá a nota que o embaixador trabalhou e termina a missãoi em Argel sem desencanto.

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