NA HORA DA DESPEDIDA Na normal rotação de posto, Luís de Almeida Sampaio, até agora chefe da missão em Argel, está de partida Belgrado, e AICEP, representantes das empresas portuguesas ancoradas no quase vizinho argelino e colaboradores directos, prestam-lhe homenagem com aquela cerimónia bem portuguesa que se chama jantar e que irá já a mais de meio, nesta hora, dando vez aos discursos que é o que dá mais encanto na hora da despedida.Os promotores são unânimes. Mesmo antes dos discursos, sobretudo empresários, dizem que ficou patente o "dinamismo demonstrado na diplomacia económica ao longo de quase quatro anos” por Almeida Sampaio, porquanto antes dele assuntos e esquemas da Argélia ou de Portugal na Argélia era inacessíveis a empresas portuguesas.
O caso é que as exportações portuguesas para a Argélia, no primeiro semestre de 2008, alcançaram mais de 78 milhões de euros, que é o que salta à vista. Mas, nos mais discretos dados da área financeira, aí ficou preto no branco um acordo estratégico de cooperação que foi o biombo de um contrato para a reestruturação do Banco Nacional da Argélia com o apoio da CGD. Resolução de um arrastado diferendo que permitiu à empresa argelina Sonatrach deter uma participação social na EDP Energias (assinaram, em Julho um acordo para o alargamento de parceria visando a construção de centrais de ciclo combinado no Brasil e na Venezuela) e, jóia da coroa, o caso das empresas portuguesas de consultadoria e obras públicas instaladas na Argélia irem já a somar parcelas de obras em carteira que dão 500 milhões de euros, tudo isso dá a nota que o embaixador trabalhou e termina a missãoi em Argel sem desencanto.
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