26 novembro 2008

Mais uma peça de Teresa Gonçalves. A de Castelo Branco

PROVA DE ACESSO Pois, de Teresa Gonçalves, terceira peça, desta vez a que gerou enorme expectativa em Castelo Branco. A peça foi anunciado com o título «O Tratado de Lisboa e o futuro da integração europeia», o título foi mantido, mas 95% do texto é do pretérito imperfeito do tratado e apenas 5% estará no futuro imperfeito do conjuntivo europeu, pelo que é duvidoso se, na prova geral do próximo concurso de acesso à carreira, a coisa passaria. Ou seja, com enorme convicção sobre o tratado, Teresa Gonçalves apresenta como novidade o que há muito não é novo para ninguém, e mais não se diz para não se interferir na independência do júri do concurso, não vá a algum dos candidatos reproduzir, melhor, na terminologia de TG, parafrasear a intervenção de Castelo Branco omitindo a autoria.


    Mas há dois pormenores que intrigam

    1. Diz TG que «Em boa verdade, seria porventura politicamente desonesto da minha parte subestimar os novos argumentos a favor do Tratado que se oferecem perante a dimensão dos problemas que afligem a nossa geração e as gerações futuras». A frase fala por si, quanto aos argumentos a favor.
    2. No quinto parágrafo da intervenção, TG fala dos percursores da UE, percursores, com um s apenas. É um pormenor que não influirá certamente no Cáucaso e muito menos na Irlanda, mas isso de percursor, s.m. quer dizer «o que percorre», pois percussor, tb s. m., quererá, com seus dois ss, dizer «peça metálica que percute uma cápsula detonante para comunicar fogo à pólvora», sinónimo de percutor. Mas também há o precursor, s.m. que é «aquele que vai adiante, que anuncia com antecipação». Ora isto intriga porque, na prova de acesso à carreira há logo inicialmente uma prova de português e é duvidoso que um candidato que faça «do que vai à frente» aquele «que percorre», passe.
Intervenção em Notas Formais, na íntegra.
Para que conste

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