08 junho 2009

Cônjuges e "afilhados"

No diário Público (7 Junho), sob o título Uniões gay têm direitos reconhecidos na diplomacia portuguesa desde 2001 mas ainda ninguém os reivindicou, escreve São José Almeida que "Até hoje ainda nenhum diplomata que viva em união de facto com uma pessoa do mesmo sexo pediu para usufruir das prerrogativas a que tem direito e que lhe são reconhecidas pelo Ministério dos Negócios Estrangeiros". E por aí adiante, como bem se descreve. O Público levantou uma questão que a Associação de Diplomatas já devia ter discutido às claras.

Ora a dispensa desse direito, ao que se tem observado, tem o ver com uma questão de transparência. As prerrogativas de viver conjugalmente com pessoas do mesmo sexo obviamente que são prerrogativas claras; mas já as prerrogativas de viver encapotadamente com “afilhados” são prerrogativas pardacentas e, em alguns casos conhecidos do passado, são mesmo escuras, o que não abona pelo direito à igualdade por parte de supostamente interessados.

Cônjuge é uma palavra transparente; afilhado é uma desculpa de padrinho sem palavra.

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