17 setembro 2009

BRIEFING " Enfim

"
Leonor.
Quintal.
Correspondentes estrangeiros.
Gaza.


PELO QUE SE LÊ Declaração prévia - Enfim, o briefing está de volta ao dia a dia, mais ou menos mesmo que seja à noite, como diria Ferreira Leite.

  1. Como falo alemão, fui. No DN, afirma Leonor (Leonor Ribeiro da Silva, do serviço de porta-voz do presidente da Comissão Europeia), a propósito de continuar ou não com Durão Barroso em Bruxelas: «Trabalho com ele desde 1991 e só interrompemos a nossa colaboração quando ele esteve na Universidade de Georgetown e eu, como falo alemão, fui para a nossa embaixada em Viena»... Porque fala alemão é que foi para a embaixada em Viena ou porque tem sido regra incessante que os ministros cessantes coloquem os cessantes adjuntos e assessores cessantes em lugares por isso mesmo não concursáveis? Freitas do Amaral bem tentou que os lugares de conselheiros e adidos em embaixadas ou em missões no estrangeiro perdessem a fama de mordomias mas essa intenção foi para o purgatório da amnésia. Empenhos pessoais, cunhas, compensações espúrias e quase sempre excepções de sedicioso reconhecimento sem justificação adequada colam-se a esses lugares independentemente do saber-se alemão, inglês e já agora do arranhar-se castelhano.

  2. A salsa da vizinhança. Ainda no DN, no editorial «A reeleição de Barroso e os desafios do futuro», escreve-se à cabeça que «Não é indiferente para o País ter à frente da Comissão um português, um belga ou um lituano». Depende – há portugueses que até são capazes de ser mais belgas que os belgas e mais lituanos que os lituanos. Nessa matéria é aconselhável deixar de pensar que a Europa é o quintal de Portugal e que a salsa do nosso quintal é melhor que a salsa do quintal da Lituânia…

  3. Portanto, lugares a extinguir. Segundo o Público, as eleições não motivam os correspondentes estrangeiros que «Estão em Portugal com a função de levar as novidades do país ao mundo, (…) mas consideram que nestas eleições não está nada em causa» … E a não motivação merece registo?

  4. Gaza. Linhas oportunas de José Manuel Fernandes (editorial do Público) sobre o relatório do Conselho dos Direitos Humanos quanto à intervenção militar de Israel na Faixa de Gaza. Mas não colhe justificar uma fuga intervalar para o tema de Gaza lá porque a campanha eleitoral pareça «começar a deparrapar». Mesmo que assim seja, não será conveniente dizer isso em voz alta ou deixar em palavra impressa.

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