06 outubro 2009

Caso bicudo. Angola até deve esclarecer

O caso não mexe com Portugal mas é estranho que o advogado angolano Carlos Contreiras, presidente do Partido Republicano de Angola e candidato às eleições presidenciais, tenha pedido asilo político a Espanha.

Carlos Contreiras alega estar sob ameaça de morte no seu país, e pediu asilo político na subdelegação do governo espanhol em Huelva (Andaluzia) com Portugal na outra margem do rio Guadiana.

Porque não pediu silo a Portugal preferindo Espanha, só ele pode explicar, porquanto quer Lisboa quer Madrid são capitais que primam por idêntica bitola de receios e cálculos nas relações com Luanda. De qualeur modo, do lado de cá bastantes terão respirado de alívio por não haver mais um caso bicudo.

Ao que se sabe, Carlos Contreiras tem um historial de atentados contra si, cujas motivações e mandantes estão por esclarecer.

    Advogado e doutorado em Ciências Políticas e Económicas, Carlos Contreiras, de 43 anos, foi candidato às presidenciais de 2003, liderou recentemente a criação de uma organização que engloba partidos e elementos da sociedade civil com o objectivo de exigir a realização de presidenciais e a 13 de Julho passado formalizara no Tribunal Constitucional angolano nova candidatura às eleições presidenciais, ainda sem data marcada.

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