Uma das primeiras tarefas do novo ministro Luís Amado será inevitávelmente a do Instituto Camões que acabou por ser uma espécie de assembleia municipal. O antigo ministro Luís Amado bem falou, anunciou e prometeu uma "refundação". Nada disso aconteceu, nem poderia acontecer, sobretudo a partir do momento em que o Fundo da Língua Portuguesa ficou sob a direcção de uma comissão interministerial com a gestão técnica entregue ao IPAD - uma comissão interministerial é a melhor forma de enpancar seja o que for. O Instituto Camões se estava cego de um olho, ficou dos dois. Nem faz o que uma direcção-geral de Assuntos Culturais deveria fazer em matéria de diplomacia cultural, nem chega a fazer o que numa direcção de serviços se poderia decidir. Não há meio de se acertar numa estratégia que não vergue às políticas de quintal - o quintal da Cultura, o da Educação, até o da Economia...
Olhando para o passado, há um nome, o de Jorge Couto (chapeau!) que bem tentou fazer. Foram os tempos de Jaime Gama. Em vez da continuidade e do aprofundamento, preferiu-se a ruptura e o enfrentamento. A crise, por vezes, dá juros mas a conversa fiada não dá. O Instituo Camões, hoje, pouco mais será do que computadores a falarem entre si.
Sem comentários:
Enviar um comentário