11 outubro 2009

Tento na língua e paciência na caneta

Será oportuno recordar a Luís Amado que o Nobel da Paz não é atribuído em Oslo com essas segundas intenções de envenenar o laureado ou de o incentivar sediciosamente seja ao que for - é um prémio de reconhecimento e de consagração, pelo que um chefe de diplomacia, como chefe, não pode nem deve anotar juízos de excepção. E também será pertinente lembrar a Vasco Pulido Valente que tenha lá paciência com a sus tese de obamania, pois não é condição que o laureado tenha conseguido consumar objectivos...

Por vontade expressa do próprio Alfred Nobel, o prémio da Paz deve distinguir anualmente "a pessoa que tenha feito a maior ou melhor acção pela fraternidade entre as nações, pela abolição e redução dos esforços de guerra e pela manutenção e promoção de tratados de paz".

E de modo diferente do que acontece com os restantes quatro prémios Nobel (Física, Química, Fisiologia/Medicina e Literatura atribuídos também anualmente mas em Estocolmo), o Nobel da Paz pode recair em pessoas ou organizações que estejam comprometidas num processo de resolução de problemas, e não apenas naqueles que já consumaram objectivos em alguma área específica.

    Foi ainda o próprio Alfred Nobel a decidir que fosse a Noruega a escolher os laureados com o Nobel da Paz, de forma a prevenir a influência de poderes políticos internacionais no processo de atribuição do Nobel.

    No final da vida de Alfred Nobel, a Suécia e a Noruega formavam desde 1814 uma União de estados, em cujo quadro o parlamento sueco era responsável pela política internacional, enquanto ao parlamento norueguês (Stortinget) apenas era cometida a política interna norueguesa. A União suco-norueguesa desfez-se a 13 de Agosto de 1905em procedimento pacífico.

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