Vaticano. È Frei Bermudas! Outra vez!
È Se faz favor, diga-nos em que podemos ser úteis…
- Ok! Desculpem ter interrompido o telefonema de há trinta, quarenta minutos. Ligo-vos de novo porque há mais do Vaticano, hoje, para além da audiência geral do papa na Praça de São Pedro. É que muito perto da Sala de Imprensa da Santa Sé, foi apresentada a exposição a propósito do quarto centenário da morte de Matteo Ricci, o jesuíta do século XVI que tem alguma coisa a ver com Portugal de então. A exposição intitula-se "Entre Roma e Pequim" como se naquela época houvesse já TGV a Itália e o Oriente.
- Na apresentação, um dos responsáveis pela exposição, bispo de Macerata-Tolentino-Recanati-Cingoli-Treia, D. Claudio Giuliodori, referiu-se à extraordinária aventura de missionário Matteo Ricci que "o levou a construir pela primeira vez na história um diálogo e os intercâmbios entre a Europa e a China"... E muito mais disse mas sem que eu tivesse ouvido alguma referência ao profundo relacionamento do padre Mateus Ricci com Portugal de então. Se disse, não ouvi.
- É desprimoroso, a propósito do padre Mateus Ricci e de história que envolve Lisboa, Coimbra, Goa, o Padroado Português do Oriente e Macau, substituir-se liminarmente Portugal por Europa, ainda que na breve apresentação de uma exposição, quando a Roma do Vaticano ou ao Vaticano de Roma convém repescar Europa por todo o lado. Mas também admito que a nossa diplomacia cultural nada tenha feito ou que não tenha sido alertada. Pelo menos para que algum recanto da exposição se chamasse "Entre Lisboa e Pequim" e obrigasse o bispo Claudio Giuliodori a não omitir por completo Portugal...
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