Diplomacia portuguesa. Questões da política externa. Razões de estado. Motivos de relações internacionais.
10 dezembro 2009
"Missa de 7.º dia pelo Mercosul"…
A adesão da Venezuela ao Mercosul volta a encalhar no senado brasileiro. Após mais de quatro horas de debate e ausência maciça de parlamentares, a votação do projecto que aprova o protocolo de adesão de Caracas, foi novamente adiado para terça-feira da próxima semana., depois de adiamentos que vêm de há mais de um mês.
O desrespeito pelas liberdades democráticas e a marca peneditadorial de Chávez nas relações internacionais foram apontados como obstáculos à entrada da Venezuela. Um dos senadores da oposição, Arthur Virgílio (PSDB) até disse: - “Não acredito em parcerias com ditaduras. Se aprovarmos aqui a adesão, já convocarei todos para a missa de 7º dia do Mercosul “. Para este senador, a integração da Venezuela deveria acontecer apenas no plano económico, por via de acordo bilateral, sem os desdobramentos políticos que terá no âmbito do Mercosul. No fundo, é o que na UE se questiona relativamente a candidatos que portam mais dúvidas que garantias.
Outro senador, José Agripino, advertiu para o risco de se conceder a Hugo Chávez o poder de veto nas negociações do bloco - prerrogativa de todos os países-membros. “Vamos ter entraves políticos seguidos. Se você importa um elemento desagregador, você vai trazer um problema para um bloco que já não vai bem das pernas” - argumentou.
Já os senadores pró governamentais carreiam o conhecido argumentário de Celso Amorim: relevam a importância do fortalecimento do Mercosul com a Venezuela, do ponto de vista político, económico e cultural, e que adesão de Caracas permitiria “a evolução democrática” do país… Também já se ouviu isto na Europa.
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