Pois com certeza, depois do que se sabe, o primeiro-ministro da Namíbia, Nahas Angula, pede a Luís Amado que Portugal reabra a embaixada em Windhoek, encerrada atabalhoadamente por Martins da Cruz em 2003 seguindo-se um folhetim de justificativos que redundou num escritório consular dependente do consulado geral de Joanesburgo.
E Amado? Respondeu que o governo irá estudar e, como sói, transmitiu o grande empenho de Lisboa em reforçar as relações diplomáticas e económicas com todos os países da África Austral abrindo um novo ciclo diplomático que até agora tem privilegiado Angola e Moçambique.
Ninguém duvida do estudo, do empenho e do ciclo.
Esperava-se sim uma resposta mais substantiva e concreta do ministro. Amado certamente não foi colhido de surpresa pelo pedido do primeiro-ministro da Namíbia, caso a visita oficial tenha sido bem preparada. E se assim foi, a resposta devia ou podia ter sido concreta.
De concreto, de concreto, Amado ofereceu o quê a Windhoek,? Ao que se sabe, ofereceu os préstimos portugueses para a formação de diplomatas da Namíbia, tal como tinha acontecido na Suazilândia, não se sabendo muito bem se a Suazilândia precisa de formação de diplomatas ou de alguma coisa mais prioritária e adequada.
Além disso, Nahas Angula, sem dúvida conhecedor do grande dinamismo virtual do Instituto Camões, não podia deixar de salientar a importância da língua portuguesa na Namíbia pelo que pediu também ao governo de Lisboa que participe mais activamente no ensino do português naquele país. Pelo menos até agora desconhece-se o que Amado respondeu de concreto ou se poderia responder alguma coisa.
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