03 março 2010

Namíbia. Acordou-se depois da lassidão

Com certeza. Amado comunicou formalmente a Marco Hausiko, MNE da Namíbia, que "Portugal irá nomear em breve um encarregado de negócios" para Windhoek e que o reforço desta representação diplomática é uma «peça importante da nova estratégia diplomática e económica de Portugal na África Austral».

Nova? Nova estratégia? Amado entrou como ministro para as Necessidades quando estavam quentes as cinzas do encerramento da embaixada em Windhoek com substituição por escritório consular, certamente que não estaria distraído quando toda a gente ouviu aquela argumentação segundo a qual para a "estratégia" bastaria manter por lá um escritório... Amado teve quatro anos para emendar uma asneira de Martins da Cruz ampliada por Freitas ou subscrita por Freitas obediente a alguém. Soa mal ouvir falar em "nova estratégia". Estratégia já houve, por isso se abriu a embaixada e certamente deixou de haver porque a missão foi encerrada, pior, deixada literalmente ao abandono como se deu conta aqui em NV. Foi esse um erro despropositado em que Portugal perdeu mais do que muitos perdem em negócios com selos, seguindo-se a tal erro uma tremenda lassidão e um deixa-andar de que apenas agora Amado acorda, no momento da pior crise, com o MNE em cheta e quando a compra de um clips custa mais do que um edifício há seis anos...

Foi preciso que Putin, a China e a Alemanha reparassem na "importância crescente" da Namíbia, como deixou Amado sugerido para falar em "nova estratégia" de Portugal? Nova? Oh, Santa Lassidão!!!

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