11 abril 2010

NOTADORES @ Debatam, s.f.f.

@ Do "funcionário periférico" Servo da Gleba:
Não "Mateo", o Servo da Gleba não é ignorante nem está de má fé, como não é da velha guarda dos "funcionários do Quadro Administrativo local", mas também não é cego nem estúpido.
Sou da nova fornada dos que se arrastam anos com contratos precários sem segurança social, para acabar com um contrato fracote, mal pago e escassa segurança social, que é o que há oficialmente por estas bandas. E não se preocupe com a minha reforma porque não conto andar por aqui muitos anos: só quero passar despercebido e acabar o meu curso para ir à procura de um emprego onde tenha direito a uma carreira, porque já percebi do que é que a casa gasta e não estou disponível para ficar toda a vida servo da gleba.
Eu sei que o seguro está previsto no ED, nem o considero indevido para certas situações - partilhadas com outros que o não terão -, mas que tal revela a existência de dois pesos e duas medidas, parece-me inquestionável (e como sou filho de polícia pareceu-me adequada a comparação). Já quanto ao incrível subsídio à MUDIP, cá estaremos para ver (se os meus planos saírem furados e tiver de ir bater à porta do sindicato).
Eu sei que há "funcionários do Quadro Administrativo local" que recebem reformas chorudas (chapeau, quem me dera!), mas com franqueza, o regime é o geral contributivo - cada um vem a receber em função do que contribuiu - o que me parece razoável. Ou parece-lhe que as contribuições dos ditos deveriam ser desviadas para as reformas dos embaixadores que andaram a receber pequenas fortunas sem contribuir para a CGA?
E também sem serem taxados em IRS (!), ao contrário do que acontece aos tais excelentes salários: já reparou que o IRS pago por aqueles trabalhadores vai servir sobremaneira para suportar o seu seguro de saúde?
Mas, como diz o governo socialista, com a crise que por aí vai, é preciso proteger os mais desfavorecidos.

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