03 abril 2010

Por quem sois!

Meu caro, nada disso! Aqui em NV não temos "agenda política", memorando oculto, interesse escondido ou o que queira chamar. Há submarinos em águas turvas e subornos no periscópio? Há exceção ao procedimento administrativo do MNE ou no MNE? Cometem-se erros calculados a pretexto de invocada atividade diplomática? Surgem cônsules caídos dos céus aos tombos? Nota-se indícios de colocações de favor? Há evidência de combinadas promoções aos atropelos? Exibem-se punhos de renda a fingir pacas voltadas de serviço público? Reincide-se em política externa incoerente e sem relação direta e útil com claros e inequívocos interesses do estado? Fica-se a saber de subsídios arbitrários e sem aparente equidade? Beneficia-se de corporativismo-lobo disfarçado de abnegação de cordeiro? Traçam-se fins e prioridades por fogacho sem atender aos meios e sem cuidar dos meios? Deixam-se obrigações internacionais decorrentes de convenções e tratados a meio vapor? Vota-se invocando o nome de Portugal nas instâncias internacionais sem se dizer em que se vota e porque se vota como se esse voto fosse espécie de decisão secreta dos deuses do antigo Egípcio? Há missões do estado que missionam arranjinhos pessoais e de grupos particulares? Apregoa-se e defende-se o governo eletrónico mas a transparência fica circuitada em tanta eletrónica? Destrói-se vidas de funcionários probos e zelosos na engrenagem cheia de armadilhas e expedientes montados por magníficos manhosos? Perguntas, perguntas que podem ir por aí fora até à linha do horizonte da imunidade que se tornou desgraçadamente sinónima da impunidade e se deixou contaminar pelo sagaz uso da formalidade legal avessa a valores, a princípios e ideias galvanizadoras pelas quais valerá a pena trabalhar pelo país e acreditar no país... Não, não meu caro, quando ou sempre que se fala disso, aqui, não há "agenda política" nem apostolado lobístico. Fique descansado que não vamos por aí.

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