O MNE não ata nem desata quanto a esclarecimentos sobre as trapalhadas do concurso diplomático. Pelo despacho conjunto MNE/Finanças, o número de vagas abertas foi de 30 - tomaram posse 30 ou 31? É uma providência cautelar que aumenta o número de vagas? Já agora, porque não tomaram posse mais sete? Ou porque não apenas 23? E se os apurados tomaram posse, porque é que não estão a receber já todos como adidos?
Claro que a questão de fundo está relacionada com uma decisão do júri que, segundo muitos e atentos, põe em crise o regulamento do concurso e, com isso, a própria transparência. O MNE só tinha a ganhar se, atempadamente e sem margem para equívocos, tivesse explicado a trapalhada e decidido como se impunha - sem subterfúgios. Não o fez e, habituado à ausência de escrutínio público dos actos administrativos em que tantas vezes se ocupa como se tais atos fossem jogos de salão com os tribunais, o ministério arrisca-se à desconsideração. O que é mau para uma casa onde o estado não pode nem deve ser tratado como um hóspede estranho.
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