29 julho 2010

O que quer dizer Passos Coelho?


Ainda é cedo para se fazer uma avaliação das palpitações de Passos Coelho em matéria externa, designadamente de diplomacia económica ou comercial em que já tem palpitado, mas ele insiste em fazer declarações que são vulgares de Lineu na boca de um empresário, pois num candidato a homem de estado denota haver por ali alguma confusão. Novamente em Espanha, Passos Coelho refere que uma aliança ibérica facilitará a exploração de novos mercados - mas aliança a que nível? Dos estados ou das empresas? E, segundo dizem, acrescentou como bom exemplo de parceria o processo de compra da Vivo pela PT. Confunde não só o processo como também os planos.

E depois, sublinhando invocadamente "termos estratégicos", afirma na primeira pessoa: "Penso que a política correta é partindo da base europeia explorar duas alavancas que podem ser importantes: a da lusofonia e a da parfceria com Espanha a pensar nos mercados". Partindo da base europeia para explorar alavancas? Então qual tem sido a política incorreta?

Mas que aliança quer Passos Coelho entre dois estados que estão na base europeia, cada um deles usando as alavancas como se sabe, sobretudo a Espanha?

É pouco e fraco.

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