12 agosto 2010

Desatenção com Londres e pandemónio


Pois em Londres, os funcionários do consulado fizeram um abaixo-assinado reclamando contra a falta de pessoal para atendimento da emigração portuguesa, com dezenas de inscrições diárias. Os funcionários admitem o recurso à greve se o problema não for resolvido pelo MNE que, oficialmente, como sempre, diz que “está atento à situação”. Até agora, os serviços do MNE não se pronunciaram a não ser por lacónica declaração prestada à agência Lusa, segundo a qual “em breve haverá uma solução para o consualdo de Londres no intuito de resolver os interesses do cidadão”. Com a não renovação de cinco contratos de prestação de serviços, neste momento são 14 os funcionários em serviço para atenderem cerca de duas centenas de pessoas por dia, algumas das quais, naquele ambiente de desespero burocrático, enchem o consulado de insultos aos funcionários impotentes face ao pandemónio das agressões verbais. O caos no atendimento agravou-se com a emissão do cartão do cidadão que não pode ser enviado por via postal.

Registe-se que não estão em causa instalações ou meios materiais, mas apenas a falta de pessoal.

E não se percebe como se deixa a situação chegar a este ponto uma vez que a curva ascendente do fluxo emigratório para o Reino Unido é sobejamente conhecida.

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