26 agosto 2010

No que deu. Menos um lugar cativo para os da Casa


Já lá vai aquele momento em que o sabido rapaz, sempre que as NV referiam as trapalhadas com a ANPAC, exclamava com os trejeitos em pessoas que tais: "O que é que o gajo percebe de ANPAC?" Pois agora vem em letra de forma algum esclarecimento sobre quem pode ser e como é remunerado quem acompanha e gere a aplicação em Portugal do Tratado de Proibição Total de Ensaios Nucleares e da Convenção sobre a Proibição do Desenvolvimento, Produção, Armazenamento e Utilização das Armas Químicas e sobre a Sua Destruição. Tem muito a ver com os roubos nas pedreiras, para fins inconfessáveis, e tem muito a ver com terroristas que faziam disto um passeio. E houve mesmo passeios, tanto mais que, por se ter ficado com uma roda, não significa que o resto ou toda a bicicleta não tinha sido roubada.

Até agora, essa Autoridade de duas faces, nomeada por despacho do MNE, provinha da lista de "altos funcionários" das Necessidades - ou era um diplomata com perfil a aguardar por outra, ou então pessoa repescada nem se sabe bem por que motivo, razão nuclear ou recomendação química. A partir de agora, o MNE nomeará "uma individualidade" que pode não ser diplomata nem sequer funcionário das Necessidades. De qualquer maneira, estranha-se que, para resolver as trapalhadas, fosse necessário uma resolução do conselho de ministros. Bastaria um despacho do ministro - tinha competência para tal. Está nas Letras Oficiais.

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