15 setembro 2010

O caso de Brasília

O preenchimento do cargo de chefe da delegação da UE em Brasília ficou adiado, segundo se fez correr por nenhum dos candidatos ter sido considerado "adequado". O procedimento vai ser reaberto o que implica mais uns três meses. E em causa nisto fica a candidata portuguesa, Luísa Bastos de Almeida, actual embaixadora na Turquia que fica com esse labéu de "não adequada", e de forma injusta, porque à evidência a questão é política, os critérios não deixam de ser políticos, como políticas não podem deixar de ser as opções para outros postos. As Necessidades não podem deixar cair uma diplomata assim se é que apostou na candidatura e se é que leu bem a declaração de Catherine Ashton, que acaba por ser desprimorosa, sobretudo para quem foi excluido para a chefia de da delegação em Brasília. Nessa declaração, afirma a barones que "escolheu os melhores para os lugares certos" o que significa ter excluido os piores para os lugares que ficaram em branco - as chefias em Brasília e em Bagdad, e a sub-chefia em Washington. Ao menos tivesse escolhido mais um espanhol para Brasília, algum belga para Bagdad e um alemão para sombra de João Vale de Almeida. Catherine Ashton perdeu uma excelente oportunidade para começar bem e ser "adequada".

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