15 janeiro 2011

Esta direita

Irritam-se contra o facto dos chineses comprarem dívida, porque estão ricos; irritam-se contra a vontade dos timorenses em comprar, porque são pobres; e irritam-se contra os árabes a fazerem o mesmo, porque têm fundos soberanos. Mas então queriam que fosse o Vaticano a comprar e no dia 13 de Maio?

8 comentários:

Anónimo disse...

O problema é que o PSD está afastado à demasiado tempo do poder e, não pode esperar mais, sem poder o PSD esvai-se.
Assim tudo lhe serve para atacar o Governo...
Além de que um Governo PSD (com ou sem CDS) e à sombra do FMI era ouro sobre azul. AS coisas más iam todas para o FMI que cá estava por causa da incompetência do PS e, qualquer coisa de boa que viesse seria sempre devido à governação do Passos Coelho...

Jorge da Paz Rodrigues disse...

O problema não está no que diz o Raio, tanto quanto me parece, mas sim no autêntico 'regabofe' como o país foi governado nos últimos anos e aí o PS tem grandes responsabilidades, pois em 15 anos governou 12...

Ora, além do mais, o Estado 'engordou' com tantos 'boys' e girls' às solta por aí, que, com FMI ou sem FMI, é preciso uma 'cura' de emagrecimento: redução dos ministérios a uma dúzia, redução dos deputados a 151 (como na Holanda, que é bem mais rica que nós), extinção e integração na Administração Pública só dos que se justificarem, como o Inst.Medic.Legal, redução e integração dos Municípos aí a uns 200 e a Juntas de Freguesia em 2/3, fim das empresas mordomias nas empresas públicas e fim das empresas municipais, etc, etc, etc.

Creio que só um novo governo poderá fazer isto e muito mais, para que haja futuro em Portugal e dinheiro para a educação, a saúde e a justiça, que são as nossas maiores vergonhas, a par do deemprego e da pobreza.

Jorge da Paz Rodrigues disse...

(Repito a partir do 2º parágrafo o meu comentário, pois saíu com erros e omissões, de que peço desculpa)
... o Estado 'engordou' com tantos 'boys' e 'girls', à solta por aí, que, com FMI ou sem FMI, é preciso uma cura de 'emagrecimento' onde mais doi: redução dos ministérios a uma dúzia (e da frota de popós e outras mordomias dos governantes e seus assessores, pois só na Presidência do Conselho de Ministros já houve quem contasse mais de 400 carros), extinção dos Institutos públicos e integração na Adm. Pública só dos que se justificarem (exº:Inst. Medicina Legal), junção dos Municípios mais pequenos, reduzindo-os em 1/3, fim das mordomias nas empresas públicas, extinção das empresas municipais, etc, etc, etc.

Creio que só um novo Governo poderá fazer tudo isto e muito mais, para que haja futuro e confiança em Portugal e dinheiro para a educação, saúde e justiça, que são as nossas maiores vergonhas, a par do desemprego e da pobreza.

Anónimo disse...

"autêntico 'regabofe' como o país foi governado nos últimos anos e aí o PS tem grandes responsabilidades, pois em 15 anos governou 12... "

Acho piada a este cálculo que tem sido repetido até à exaustão.

Porque não este: e aí o PSD tem grandes responsabilidades pois nos últimos 25 anos governou 13...

Ou então este: aí o Prof. Cavaco Silva tem grandes responsabilidades pois nos últimos 29 anos exerceu funções de relevo, Ministro das Finanças, Primeiro Ministro, Presidente da República, Presidente do Conselho Nacional do Plano ou deputado durante praticamente 19 anos...

Eu até concordo que os municípios e as juntas de freguesia deviam sofrer algum rearranjo mas discordo totalmente deste tipo de discurso da moda que é só citar despesas e gastos e argumentar que é muito.
Já agora, na citada Holanda o governo gasta USD$23.792 por habitante enquanto que em Portugal gasta USD$10.891.

Jorge da Paz Rodrigues disse...

Até concordo que o PSD tem também especiais responsabilidades nos últimos 25 anos, como o PS ainda mais terá se recurmos até 1976 e por aí fora...

Só que o atual drama que se vive, com o país a endividar-se e praticamente a alienar a sua soberania aos credores, face à crise económica financeira que Sócrates não soube enfrentar, deve-se ao PS, que não soube a tempo fazer o que devia ser feito e que eu aponto atrás. E isso é culpa essencialmente dos 2 últimos governos do PS.

Não colhe o argumento de que a Holanda gasta mais com os seus cidadãos, pois todos sabemos que a Holanda é bem mais rica do que Portugal.

Aliás, o argumento de Raio volta-se contra o que ele escreve, pois se a Holanda é mais rica do que Portugal (e já o é há muitos anos), mais uma razão para termos menos deputados e eu até só pugno para que tenhamos o mesmo número.

Da discussão nasce a luz!

Cordialmente

Anónimo disse...

"Até concordo que o PSD tem também especiais responsabilidades nos últimos 25 anos, como o PS ainda mais terá se recurmos até 1976 e por aí fora..."

Concordo, a responsabilidade é colectiva, desde os que estiveram no poder até aos que votaram neles e mesmo aos que não votando deixaram a outros o poder de decisão.

Só escrevi o que escrevi para sublinhar que o raciocínio que tenta atribuir ao PS as desgraças todas é não só errado como perigoso pois isenta outros das culpas que tiveram no processo.


"Só que o atual drama que se vive, com o país a endividar-se e praticamente a alienar a sua soberania aos credores, face à crise económica financeira que Sócrates não soube enfrentar, deve-se ao PS"

Não, não se deve ao PS, deve-se a ter-se aderido ao Euro! Há quase dez anos li um livrinho do Prof. Ferreira do Amaral em que ele praticamente prevê a situação actual.
Estivesse o PS ou o PSD no Governo o resultado teria sido mais ou menos o mesmo.

"Não colhe o argumento de que a Holanda gasta mais com os seus cidadãos, pois todos sabemos que a Holanda é bem mais rica do que Portugal."

Pois é. E depois? As responsabilidades são as mesmas, ambos os países estão na UE.


"Aliás, o argumento de Raio volta-se contra o que ele escreve, pois se a Holanda é mais rica do que Portugal (e já o é há muitos anos), mais uma razão para termos menos deputados e eu até só pugno para que tenhamos o mesmo número."

??? Até concordaria que Portugal reduzisse o número de deputados. Tal como acho que deveria ter um Senado (Câmara alta).

Mas nunca seria esta redução que resolveria o que quer que fosse. Aliás, há uma grande dose de demagogia nestas propostas pois o que sugerem, sem o dizer explicitamente é que os deputados são inúteis.


"Da discussão nasce a luz!"

Claro!

Jorge da Paz Rodrigues disse...

Raio: Tentando fazer 'Luz", direi apenas que os Deputados é evidente que não são inúteis, mas lá que podiam ser mais úteis, lá isso podiam!

E aqui para nós, que 'ninguém nos ouve', boa parte dos parlamentares não estão lá por mérito, mas sim porque os partidos os escolheram e a prova é que essa boa parte (inclui deputados de todos os partidos) só lá estão para votarem e pouco ou mesmo nada fazem. Portanto, se forem reduzidos para 151 os actuais 230, ficarão com certeza lá os melhores e sempre haverá uma bela poupança ao erário público.

Agora, retomando a minha ideia, reduzam-se os 308 municípios para 200 associando-os (não faz sentido existirem com menos de 15.000 pessoas), as 4500 Juntas de Freguesia para 3.000 (também não faz sentido existirem com menos de 1.000), extingam-se as empresas municipais, integrando-as nos municípios unificados (são um regabofe de 'boys' em todo o país), faça as contas (são milhares que ficariam sem 'tacho' e sem mordomias, mas podiam aplicar o que auferiram em novas empresas nos seus concelhos)e verá que daria pelo menos para melhorar um pouco a saúde a educação, pelo menos.

E olhe, quer um exemplo de poupança imediata: extingam-se os Governadores Civis já, pois qualquer comandante distrital da PSP ou GNR pode de imediato exercer as suas já limitadas funções, sem qualquer despesa para o erário público e sim poupança, face aos assessores, adjuntos, popós e secretárias desnecessárias, bem podendo (só) os que têm vínculo à FP ser transferidos de imediato para os Tribunais, onde existe efectiva falta de pessoal.

Podia continuar a ainda teria muito mais onde o Estado pode e deve 'emagrecer', sem prejudicar os efectivos serviços públicos, mas creio que já percebeu e com certeza concordará comigo que o que é preciso é termos ESTADISTAS que tenham a coragem de fazer o que deve ser feito, para bem de Portugal e doa Portugueses.

Fiz um pouco de 'LUZ'? Espero que sim.

Cordialmente.

Anónimo disse...

Bom, eu concordo que o número de deputados podia ser bastante reduzido, entre cem e cento e cinquenta, por exemplo e num círculo único eleitos pelo método de Hondt.
Mas deveria existir uma Câmara Alta (Senado), com uns quarenta e tal senadores, dois por distrito ou região autónoma, eleitos por maioria num número igual de círculos e com mandatos de quatro anos mas com eleições para metade da Câmara de dois em dois anos.
O objectivo de uma reforma deste tipo não seria poupar dinheiro, estou farto de ouvir falar em poupanças, mas antes de tornar a governação mais eficiente e representativa.
Quanto aos municípios não os reduziria muito, quanto muito transformava as áreas metropolitanas, Lisboa, Porto e talvez outras em municípios únicos.
Mas quanto às freguesias, acabava com elas. Já fiz parte de uma Assembleia de Freguesia e, francamente, tenho muitas dúvidas sobre a sua utilidade.
Nova Iorque, Hong-Kong, Xangai, Beijing, Tóquio, Los Angeles, são municípios únicos e sem freguesias. E têm populações superiores à de Portugal!
Quanto aos Governos Civis, com a facilidade de comunicações e de movimentos actuais, perderam a razão de ser.
Mas não devemos envenenar estudos, análises e propostas para melhorar a governação do país com argumentos de poupança acima de tudo ou de rancor contra pretensos boys e girls...

Ahhh! E, claro, acabava com as empresas municipais, mas sem prejuízo de simplificar a contabilidade autárquica nem de aumentar, quando necessário os vencimentos dos gestores autárquicos.

Sobre a pretensa necessidade de poupar chamo a atenção de que o Governo português até é dos mais poupados da Europa (ver http://cabalas.blogspot.com/2011/01/o-nosso-governo-e-despesista.html).