Será que as televisões, sobretudo a televisão pública. só anda atrás do ministro obrigatório, do futebol e do desastre com mortos?
Teria sido oportuno, saudável e correto que tivesse havido uma cobertura atenta e exaustiva, por exemplo, da reunião do Comité Monetário e Financeiro do Fundo Monetário Internacional, reunião essa presidida por Tharman Shanmugaratnam, ministro das Finanças de Singapura (próxima reunião marcada para 24 de setembro) ou ainda da Conferência de Alto Nível sobre possíveis formas de reduzir o risco financeiro global e melhorar a regulação macro-prudencial, entre outras importantíssimas reuniões. De modo geral, falou-se do FMI como se de uma viagem do ministro Teixeira dos Santos se tratasse, de negociações do ministro Teixeira dos Santos ou de uma especial cruzada do ministro Teixeira dos Santos (o que levou até Marques Mendes a um erro de paralaxe), e não fossem as importantes reuniões de primavera do Banco Mundial e do FMI que estivessem em causa, com deliberações importantes e nas quais seria de relevar e de esquadrinhar o ponto de vista português e como o problema português é visto por terceiros. Isto, num momento em que a generalidade dos cidadãos que seguem e confiam, também por exemplo, no chamado serviço público de televisão, desconhecem o que seja o FMI e o Banco Mundial – fosse feita breve sondagem e chegar-se-ia à verificação de que a generalidade dos portugueses julga que o FMI é um departamento “imperialista” dos EUA e não organização da qual Portugal é membro desde 29 de março de 1961, onde Portugal tem voz tal como os outros 187 membros e onde se Portugal não usa a voz é porque não quer e não porque não possa…
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